O caminho percorrido este ano entre Grijó e Fátima resume-se em particular á experiencia de percorrer dois trilhos de peregrinação diferentes, pelo que as dívido em duas etapas:
1ª Etapa Grijó – Coimbra
Nesta etapa entre Grijó e Coimbra percorremos os antigos caminhos que levam os peregrinos a Santiago de Compostela, ou seja o Caminho de Santiago, que quando percorrido no sentido inverso leva-nos até Fátima. São caminhos que os nossos antepassados que peregrinavam a Santiago de Compostela percorriam até chegarem á sua meta, de entre muitos os que os percorreram, saliento "Gianbattista Confalonieri" que percorreu este caminho no longínquo ano de 1594, refiro-me a este Padre peregrino Italiano pelo simples facto de ter pernoitado no nosso belíssimo Mosteiro de Grijó, pena hoje não termos aqui um Albergue que tanta falta faz aos peregrinos, no entanto foram muitos outros os que em tempos remotos peregrinavam a Santiago por estes caminhos, trata-se de um caminho muito tranquilo alternando entre o empedrado asfalto e pistas de terra batida, inevitavelmente a evolução dos tempos originou que estes caminhos fossem atropelados pela passagem da estrada nacional N 1 agora IC 2, pelo que em algumas ocasiões temos que atravessar e até mesmo percorrer alguns metros nesta fatídica estrada.
A companhia nesta nossa peregrinação veio a tornar-se excelente, tendo ao longo de toda a caminhada partilhado momentos inesquecíveis que estou certo que jamais esqueceremos, saliento no entanto o único momento de tristeza quando na Mealhada tivemos que deixar um elemento para tras em virtude de das bolhas que trazia nos pés e que lhe estavam a causar um extremo desconforto ao caminhar, no entanto e como estávamos na Bairrada a despedida só poderia ter sido presenteada com o respectivo Leitão á Bairrada.
A companhia nesta nossa peregrinação veio a tornar-se excelente, tendo ao longo de toda a caminhada partilhado momentos inesquecíveis que estou certo que jamais esqueceremos, saliento no entanto o único momento de tristeza quando na Mealhada tivemos que deixar um elemento para tras em virtude de das bolhas que trazia nos pés e que lhe estavam a causar um extremo desconforto ao caminhar, no entanto e como estávamos na Bairrada a despedida só poderia ter sido presenteada com o respectivo Leitão á Bairrada.
2ª Etapa Coimbra – Fátima
Em virtude do pouco tempo que tinha disponível e com os compromissos assumidos na paróquia de Grijó, o percurso a partir de Coimbra teve que ser encurtado pela estrada nacional N 1 / IC 2 por onde normalmente transitam todos os peregrinos de colete amarelo. Neste percurso logo no inicio o que mais nos incomodou, além do barulho, os carros, camiões e o perigo de não ter grandes escapatórias para transitar, foi o facto da partilha pois neste percurso não era possível sequer manter um dialogo tal o perigo e o barulho desta estrada como se pode verificar nas fotos, nada recomendável para peregrinar. A partir de Pombal o percurso melhora razoávelmente e voltamos a estradas secundárias sem muito transito sendo em algumas ocasiões possível até ouvir o cantar dos pássaros. Neste trajecto e com o cruzar de outros peregrinos de colete amarelo que também se deslocavam para Fátima senti a falta de partilha entre peregrinos, nada comparável aos peregrinos que se dirigem para Santiago que quando nos cruzamos há sempre tempo para uma paragem e uma partilha de experiencias (de onde vens, para onde vais…) alguns dos peregrinos de colete amarelo com quem nos cruzamos por vezes até era difícil arrancar-lhes um (bom dia…).
Este foi para mim, tal como uma mensagem recebida de uma amiga peregrina, não mais um caminho, mas sim o caminho que me leva á paz de espírito que aqui encontrei, quero também salientar a determinação da Mónica quantas vezes a arrastar-se pelo caminho mas sempre com os olhos postos na meta e sem nunca desistir, o Rodrigo com uma capacidade física e determinação impressionantes sendo em grande parte do caminho o reboque da esposa e também o transporte da sua mochila, o Zé foi a nossa alegria no caminho uma companhia que dizer que foi agradável é muito pouco para a boa disposição que nos proporcionou no caminho, sentimos muito a sua falta a partir da Melhada e como é lógico não posso terminar sem uma palavra de apreço ao Sr. Adelino, sacristão do Mosteiro de Grijó pelo carinho e amabilidade que nos permitiu umas vez mais darmos inicio á nossa peregrinação neste ponto de referencia dos Caminhos de Santiago.
Este foi para mim, tal como uma mensagem recebida de uma amiga peregrina, não mais um caminho, mas sim o caminho que me leva á paz de espírito que aqui encontrei, quero também salientar a determinação da Mónica quantas vezes a arrastar-se pelo caminho mas sempre com os olhos postos na meta e sem nunca desistir, o Rodrigo com uma capacidade física e determinação impressionantes sendo em grande parte do caminho o reboque da esposa e também o transporte da sua mochila, o Zé foi a nossa alegria no caminho uma companhia que dizer que foi agradável é muito pouco para a boa disposição que nos proporcionou no caminho, sentimos muito a sua falta a partir da Melhada e como é lógico não posso terminar sem uma palavra de apreço ao Sr. Adelino, sacristão do Mosteiro de Grijó pelo carinho e amabilidade que nos permitiu umas vez mais darmos inicio á nossa peregrinação neste ponto de referencia dos Caminhos de Santiago.
A ti peregrino, que te vais dirigir a Fátima fica o conselho, o Caminho de Santiago é sem dúvida o melhor caminho. Não te importes de fazer mais alguns km estou certo que encontrarás aqui uma força suplementar para os superar, e vais colaborar para o acabar com o transitar de pessoas por uma estrada que está cada vez mais reservada ao transito automóvel, acabando assim também com as mortes por atropelamento que todos os anos lamentamos.
6 comentários:
Boa tarde.Moro em Grijó e,
fui ter por acaso a este blog que
achei interessante e oportuno.
Faço todos os anos(21)a viagem Grijó-Fátima.Gostaria contudo de fazer 1 vez uma caminhada até Compostela.Deste modo gostaria e, dada a vossa experiencia sobre esse caminho de algumas dicas:
-Qual a melhor época do ano para a realizar?
-Poderei faze-la sózinho ou é arriscado?
-Há algum mapa com esse caminho á venda?
Antecipadamente grato.
Olá amigo (a) peregrino (a)
Visto sermos vizinhos!!! eu propunha um encontro, pois tenho muito material que te pode ajudar, desde mapas, albergues, as mais diverças informações para tal solicitava que entres em contacto atravez do e-mail viriatopires@sapo.pt ou tlm 968702769 ou 911055202
até lá bons caminhos
Boa tarde.
Obrigado pela resposta.
Chamo-me Joaquim e moro entre Santa Rita e Nogueira da Regedoura.
Tomei nota dos contactos.
Assim que possa, o que nesta altura do ano me é de todo impossivel por motivos profissinais,terei todo o gosto e interesse em contactar o amigo.
Cumprimentos e uma vez mais obrigado pela disponibilidade.
Encontrei este Blog também por acaso há alguns meses e desde então que o ando a seguir…
E desde já deixo os meus parabéns que ainda não tive a oportunidade de os fazer, ao S. Pires pelo excelente conteúdo que tem no Blog e a experiências vividas nos caminhos que nos faz partilhar a todos…
Este ano em Agosto, eu e mais um amigo, se tudo correr bem, iremos fazer pela primeira vez os Caminhos de Santiago já temos feito caminhadas mas nenhuma desta envergadura e claro que não se pode deixar de lado os seus conselhos…
Temos a nossa partida no dia 13 Agosto em Famalicão, pode ser que uma pessoa se encontre pelo caminho…
Mais detalhes do nosso caminho para Agosto: http://mazezito.com/?p=48
Viva amigo peregrino de Famalicão, estou desde já grato pelo teu comentário, são palavras com as tuas que me fazem continuar neste caminho... como já deves ter visto tambem tenho previsto para Agosto fazer uma vez mais o Caminho Portuguê de Santiago, e muito me agradaria encontrar-te no caminho... até lá bons caminhos
Concordo plenamente com o que o amigo António Pires proferiu em relação á falta de partilha dos peregrinos que se dirigem a Fátima.
Contudo nem sempre foi assim e isso acontece a meu ver e dada a experiencia que tenho desse caminho
por uma grande razão:
Quando comecei a fazer o caminho de Fátima em 1989 as pessoas iam espontaneamente, com viagem marcada mas sem programação e daí terem necessidade da ajuda uns dos outros.Agora, (para o bem e para o mal) a maioria dos peregrinos parte já com viagens programadas, em grandes grupos e com mesa e cama e assistência já garantida.
O convivio esse resume-se aos membros dos grupos e pouco mais.
Confesso que gostava mais das caminhadas "naif" mas os tempos mudaram e acho que as entidades religiosas e não só, teem a sua quota parte de "culpa" pois ao contrario de Santiago albergues não existem pura e simplesmente e daí as pessoas recorrerem a organizações. em relação ao caminho de Fátima (Santiago)confesso que nunca tinha ouvido falar.
Muitas felicidades para a caminhada em Agosto a Santiago se não entrar em contacto até lá com o
amigo.
Joaquim (Grijó - S.Rita)
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