IV Encontro sobre os Caminhos Portugueses a Santiago

Decorreu nos dias 25, 26 e 27 de Junho o IV encontro sobre os Caminhos Portugueses a Santiago, em Valença do Minho.
Durante este encontro tivemos intervenções de alto nível que serviu para aprofundar ainda mais os nossos conhecimentos á cerca das lendas e da história em volta do Caminho Português de Santiago, não sendo demais salientar que os Caminhos Portugueses são logo a seguir ao aminho Francês os mais percorridos pelos peregrinos.
Das intervenções que me foi possível assistir não posso deixar de me referir ás que mais me marcaram e nesse sentido começo por salientar a intervenção do Sr. Eng. João Abreu Lima da Associação de Ponte de Lima que com uma intervenção extremamente curta disse muita coisa, apelando a um dialogo comum e construtivo entre todos e terminando a sua intervenção com uma frase que nos une a todos “que Santiago nos ajude” bonito para pelos menos podermos ir sonhando e quem sabe um dia os sonhos se tornem realidade.
De salientar também a intervenção do Sr. Ovídio responsável pelo Albergue de Ponte de Lima quando se referiu ás exigências dos peregrinos e ao voluntariado das pessoas que os recebem, apelando aqui ao respeito para com esses mesmos voluntários que em muitas ocasiões deixam as suas vidas para poderem servir da melhor maneira o peregrino, falou também da necessidade de sensibilizar o mesmo de que os Albergues, e em concreto o de Ponte de Lima, só abre ás 17h00 pelo que não tem necessidade de se levantarem ás 4h00 da manhã para iniciarem de noite o caminho sendo preferível aproveitar as horas do dia para caminhar, contribuindo também desta forma para evitar o que hoje se passa no caminho Francês em que se caminha ás vezes sem o espírito de peregrino mas sim de corredor para ver quem chega primeiro ao Albergue, as demais intervenções na mesas de hospitaleiros serviram para dialogar e trocar impressões com a assembleia tendo aqui se levantando e esclarecendo algumas questões.
Foi sem dúvida mais um fim-de-semana proveitoso, quer pelo contacto com velhos e novos amigos, quer pelo aprofundar de conhecimentos sobre o Caminho de Português de Santiago.
Parabéns aos organizadores e aos demais intervenientes neste encontro

Passeio Paroquial a Santiago

Eram 6 horas da manha e o sol não raiava mas a chuva ameaçava, nós pontualmente lá estávamos no ponto de encontro tal como combinado e até mesmo primeiro que o autocarro.
A viagem iniciou-se após o reagrupamento dos 8 autocarros na zona industrial e de lá rumamos a Santiago de Compostela, pelo caminho e após a oração da manhã, fomos dando alegria ao ambiente vivido a bordo do autocarro nº 8 com algumas vuvuzelas á mistura e com a ameaça de no dia seguinte haver a necessidade de alguns passageiros fazerem um visita ao Otorrino por causa da vuvuzela e uma factura a apresentar aos responsáveis pelo actos cometidos!!!
A chegada a Santiago foi feita como era de esperar debaixo de alguma chuva. A entrada na catedral de 450 peregrinos só de Grijó foi inevitavelmente algo atribulada, pois com o terminar da missa do peregrino que é sempre muito participada, a saída dos mesmos e a nossa entrada… bom não havia muito mais a fazer, a não ser ter a paciência necessária para aguardar as instruções da policia, para que depois de nos pudesse-mos acomodar no interior da Catedral e aguardar o inicio da Celebração.
No final da eucaristia, rumamos ao Mosteiro de S. Martin Pinário onde foi servido o almoço num ambiente requintado e rústico, típico dos séculos passados e dos monges que o habitavam, no final deste recomendava-se a passagem pela porta Santa, aqui como tinha sido avisado e era de esperar a fila crescia a cada minuto que passava, e recomendava-se muita paciência a quem lá esperava debaixo da chuva que teimosamente não parava de cair, pois esta espera seria compensada pelo simbolismo que representa a travessia da Porta Santa para nós cristãos.
Junto ao Túmulo do Apóstolo o nosso grupo partilhou em conjunto um momento de oração único que ficará gravado a fogo nos nossos corações e que jamais esqueceremos.
Entretanto a hora de partida aproximava-se, no entanto alguns ainda tiveram o prazer de ser recebidos pelo Padre Mendes para uma breve visita ao convento de Santo Agostinho que embora a recepção tivesse sido muito simpática e agradável, ficou no entanto um pouco aquém das expectativas que tínhamos alimentado.
No regresso tal como estava previsto passamos por Padron para a visita á Igreja de Santiago e á referida pedra (Padron) onde esteve amarrada a barca com os restos mortais do Apóstolo, e também para terminar com a oração de Vésperas.
O piquenique estava previsto ser feito nas margens do rio “Sar” mas que a chuva não o permitiu, teve que ser improvisado num sitio que até parecia ter sido preparado para nós, com tendas cobertas, mesas, cadeiras e até uns lava louças caso alguém necessita-se, será que teria sido o meu querido amigo que tinha vindo de o visitar em Santiago que mandou preparar este local para nós???
Espero que este passeio tivesse sido tão agradável para todos como foi para mim, foi mais um dos meuscaminhos que jamais esquecerei.
Ultreia e Suseia